sexta-feira, 22 de dezembro de 2017

Até partidos da direita rejeitam Bolsonaro

O fascista Jair Bolsonaro continua com a aquela pose de valentão, mas o seu sonho presidencial pode estar derretendo. Nem os partidos de direita estão engolindo a sua arrogância. Nesta quinta-feira (21), Adilson Barroso, presidente do “Patriota”, criticou a gula da assessoria do atual deputado do PSC. “O nosso combinado [para a troca de legendas] eram cinco Estados e cinco membros na executiva nacional – vice-presidente, secretário-geral, secretário de comunicação e mais dois. Depois pediram mais cinco e já está em 23 Estados”. O cacique da sigla admite que as negociações estão lentas e que podem melar. “Até hoje nós temos que fazer uma conversa de ajuste de parceria uma vez por semana. Estamos matando um leão por semana”.
 
Notinha venenosa da revista Época revela que, “em áudio enviado a seus correligionários do Patriota, Adilson Barroso reclamou do deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ), que havia se comprometido a ingressar na legenda, mas se desentendeu com os dirigentes da sigla. Barroso disse que Bolsonaro é um ‘saco sem fundo’ e que ‘todo dia quer alguma coisa’. Adilson Barroso afirma que, se quiser, o deputado terá a legenda para disputar para presidente, mas ‘se ele não quiser, é problema dele’. Barroso diz que não entregará o comando dos partidos nos estados ao deputado federal”. Diante do impasse, o fascistoide – que troca de partido como se troca de camisa – já teria até sondado outra sigla de direita, o PSL, para viabilizar sua ambição política.
 
Segundo matéria da Folha, “após meses de negociações com o Patriota, Bolsonaro assumiu a possibilidade de fechar com outro partido. ‘Nós poderíamos ir para o PSL, que mudaria de nome, de estatuto e eu teria 100% de chance de disputar a Presidência’, disse ao site ‘Crítica Nacional’”. De imediato, porém, o Partido Social Liberal, que recentemente incorporou o grupo neoliberal Livres, divulgou nota rejeitando a filiação. “Em função das evidentes e conhecidas divergências de pensamento, o projeto político de Jair Bolsonaro é absolutamente incompatível com os ideais do Livres e o profundo processo de renovação política com o qual o PSL está inteiramente comprometido... Bolsonaro representa o autoritarismo e a intolerância tanto na economia quanto nos costumes, sendo a antítese completa das nossas ideias”, afirma o comunicado assinado por Luciano Bivar, o chefão da sigla.
 
A mesma Folha publicou nesta sexta-feira (22) mais um petardo contra o fascista. Matéria relata que o coordenador de campanha de Jair Bolsonaro no Nordeste, Julian Lemos, foi por três vezes alvo da Lei Maria da Pena acusado de agressão pela própria irmã e pela sua ex-mulher. “Os casos ocorreram em 2013 e 2016. Em um deles, Lemos foi preso em flagrante. Presidente na Paraíba do Patriota, partido ao qual Bolsonaro negocia filiação para se lançar à Presidência em 2018, ele aparece em ao menos 20 ocasiões em fotos e vídeos com o pré-candidato. Em um dos vídeos, Bolsonaro chama Julian Lemos de ‘meu homem de confiança da Paraíba’”.


Por Altamiro Borges

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