segunda-feira, 9 de junho de 2014

Ceop realiza cursos de Gapa com famílias agricultoras participantes do p1+2



No mês de Maio, o Centro de Educação e Organização Popular (CEOP), que atua no Curimataú Paraibano como Unidade Gestora Territorial (UGT), realizou nos municípios de Damião, Baraúna e Picuí, cursos de Gerenciamento de Água para Produção de Alimentos (GAPA). 

Nos cursos, promovidos como parte das atividades referentes à execução do Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2), da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) e financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate á Fome (MDS), se fizeram presente famílias que foram cadastradas pelos animadores de campo Juscelino, Edson, Joana Dark e Luís e que, portanto, terão acesso às tecnologias sociais do Programa Uma Terra e Duas Águas.

No curso de GAPA, as agricultoras e agricultores têm a possibilidade de trocarem experiências, descobrirem novos métodos e manejos de como captar e armazenar água, cuidar da terra, bem como esclarecerem possíveis dúvidas existentes com relação ao projeto, que durante quinze meses possibilitará a construção de 303 tecnologias sociais de captação e manejo de água da chuva para fins produtivos, como cisterna-calçadão, cisterna-enxurrada, barreiro-trincheira e barragem subterrânea, a serem entregues nas comunidades rurais dos municípios que circundam a região do Curimataú e Seridó paraibano.
Alguns desses encontros foram facilitados na cidade de Picuí, Paraíba, no Centro Educativo do CEOP. É o caso da nona capacitação, acontecida entre os dias 28, 29 e 30 de Maio e que reuniu cerca de trinta famílias agricultoras da comunidade Lajedo Grande, município de Picuí, onde sob olhares atentos os facilitadores iniciaram o evento enfatizando a importância da união existente entre a rede ASA, MDS e CEOP, para que realmente o Programa Uma Terra e Duas Águas venha a se realizar e assim promover a construção de meios práticos de desenvolvimento rural no Semiárido brasileiro. Foram trabalhados ainda os temas “preservação ambiental”, uso consciente da água, produção de alimentos agroecológicos e em seguida o grupo foi convidado a observar ao redor de casa, perceber as belezas e riquezas do quintal. 
Depois as famílias agricultoras assistiram um vídeo com orientações sobre captação e armazenamento de água e convivência com o semiárido. Já nos momentos de diálogo entre os participantes, o discurso se deu sobre água servida, cuidados com o solo, técnicas para melhor recuperar a terra e sobre fertilizantes.
O gerenciamento de Água para Produção de Alimentos leva aos participantes do P1+2, através de discursões sobre os olhares para o futuro Semiárido Brasileiro, histórias de luta, resistência, sobrevivência, conquistas, realização de sonhos, acesso á água para produção, além de fomentar momentos de aprendizado, como enfatizou á agricultora Damiana Ferino: “É bom participar desses encontros, a gente aprende bastante, conhece outras pessoas e também conseguimos realizar nossos sonhos, pois tendo água é possível ter fartura em abundância, melhorar de vida, e também gera renda para a comunidade”.
Encerrada a etapa dos cursos de GAPA, algumas comunidades já se preparam para participarem de outras fases do projeto, como a capacitação de pedreiros e o início das construções das primeiras tecnologias sociais.

Maricelma Santos - comunicadora popular da ASA

Fonte: www.asabrasil.org.br

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